Sentados no mesmo banco, cada um em uma ponta... Ele estava com as mãos no bolso do agasalho, a cabeça baixa, olhando para o chão. Ela chorava com o rosto escondido nos braços, apoiados nos joelhos.
Foi assim que os encontrei naquela tarde fria. Não perceberam minha presença até que me sentasse no banco, entre eles. Não se olhavam ou se falavam. Só se ouvia o choro dela. Ele estava em silêncio... A cabeça confusa, pensava em muitas coisas ao mesmo tempo... Tantas que não podiam ser verbalizadas.
Me aproximei da garota. Não perguntei o que tinha acontecido - seus olhos úmidos me contaram que ela acabara de sofrer uma terrível decepção; a pessoa em quem mais confiava a traíra. Estava inconsolável. Aos poucos a fiz lembrar de quem estava ali ao seu lado, quem essa pessoa significava para ela, tudo que tinham vivido juntos até aquele momento... Os soluços pararam conforme ela ia se acalmando.
Ela parou de chorar, secous os olhos e levantou a cabeça.
O rapaz estava ali de pé, em frente a ela. Em seu rosto o arrependimento de fazer sofrer quem se ama.
Ajoelhou-se aos pés da garota e descansou a cabeça em seu colo. "Me perdoe." "Já esqueci..."
Ambos sussurraram "Eu te amo"... E fui embora, levando mais um trabalho cumprido no bolso.
Se um dia não entender como algumas coisas podem ser entendidas, superadas, como existem pessoas capazes de perdoar. Me procure, estarei esperando seu chamado em algum canto de seu coração.
O Amor.
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