sexta-feira, fevereiro 18

Relações humanas

"Às vezes me dá enjoo de gente. Depois passa e fico de novo, toda curiosa e atenta. E é só." (Clarisse Linspector)

Há tanta, tanta coisa que sei fazer. Mas ser social não é uma delas.
Houve uma época que eu até achava que era social. Tinha muitas amigas, nunca estava só no almoço. Isso me deixava tão feliz, que ao deitar a cabeça no travesseiro para dormir, relembrava com um sorriso nos lábios, o dia maravilhoso que havia passado com elas.

Hoje, me sinto um bichinho estranho. Não sei bem o que quero.
Algumas horas, gostaria de estar rodeada de amigos, rindo e nos divertindo juntos. Noutras, prefiria que o mundo inteiro sumisse e me deixasse sozinha com meu livro. Para a maioria das pessoas, isso pode ser normal; Todo mundo precisa de um tempo só para si. Para mim, isso é aterrorizante.

Quando me questiono, observo que a maioria das vezes, troquei uma noite com os amigos para assistir a um filme no DVD. Troquei uma noite entre meninas, para ficar no orkut. Um churras para limpar meu quarto e rasgar papéis. Acho que fujo das pessoas e da intimidade consequente da amizade.

Sim. Já me perguntei milhares de vezes o porquê disso. Quando cheguei à conclusão que apenas não gostava de  ser muito próxima das pessoas, descobri que sentia muita falta de uma melhor amiga, para conversar a todo momento. No entanto, não quero acreditar de novo, confiar meus pensamentos a alguém que poderá usá-los contra mim quando minha companhia não mais lhe agradar.

Por isso, criei um muro translúcido chamado Distância Segura. Algo que me protegerá de sofrer algumas decepções. Porque as pessoas nos decepcionam, sempre.

Agora, eu tenho medo de gente.
Embora adore as olhar pela minha janela.

quinta-feira, fevereiro 17

Ausência de confiança, gera desconfiança.

Todo mundo já sentiu dificuldade em falar em público ao menos uma vez na vida. Fato.

Eu tinha certa facilidade. O descaramento era meu aliado.
Desde cedo, eu era escolhida para oradora. Desde pequenos avisos a importantes comunicados.
Aos sete anos de idade eu fui Juramentista da minha turma de colação de grau. No Ensino Fundamental, fui representante de sala por anos consecutivos, participei do Grêmio Estudantil (voz ativa dos alunos, na escola!) e fui oradora da turma na Formatura da 8ª série, com discurso próprio (XD). Até no colegial, fui da Tríade que representava a sala aos professores e vice-versa.

Enfim... Eu sempre fui articulada para discursar em público, os mais variados assuntos. Até agora.

Na faculdade senti, pela primeira vez, dificuldade... Mas não foi sempre assim. No início da minha Graduação, falava tranquilamente para uma turma de 90 alunos. Entretanto, desde o limiar de 2010, tenho enfrentado o famoso medo irracional de falar em público.

Venho me perguntando há muito tempo, como o adquiri. Não devia ser o contrário? A prática não leva à perfeição? No meu caso, há uma incógnita não isolada que está me incomodando. Tenho analisado o problema de vários ângulos e os mais agudos estão furando meus olhos... rs!

Qualquer um se sentiria intimidado ao falar sobre saúde para uma turma de médicos, ou com um clínico especialista no assunto avaliando-o. Eu creio que está aí meu problema... Mas não posso confrontá-lo; Preciso do clínico presente na apresentação. Mesmo que ele vá me avaliar criticamente na frente dos outros estudantes de medicina... Para servir de exemplo. "Vejam onde ela errou e nunca comentam essa burrice!" ele dirá sempre. E eu, de cabeça baixa, terei que acenar e agradecer a crítica construtiva - ou destrutiva? - pois, segundo ele, é para meu próprio crescimento.

Até agora, só serviu para que minha confiança em mim mesma ficasse abalada pelas duras críticas (apesar de verdadeiras). A gagueira é pelo nervosismo de dizer algo errado, oras!!! Esqueci o que ia falar porque imaginei o que o 'especialista' escreveu em sua prancheta sobre minha apresentação e me distrai. Perdi o foco. Não porque não sei falar em público.

Mesmo assim... Estou penalisada. Ao invés de ser obrigada a treinar para não cometer os mesmos erros, fui condenada a ficar de boca calada e deixar outras pessoas falarem à sala de estudantes, sobre a saúde que eu 'ignoro'... Porque alguns 'especialistas' acreditam que é melhor jogar a poeira para baixo do tapete e mostrar a sala limpa que lidar com o foco do problema (Sarcasmo nível máximo: Perigo!).

Mas essa desconfiança sobre minha competência vai ter um preço muito alto aos desconfiados.
O meu já foi pago. Agora eu quero ver o circo pegar fogo!!!

About Me.

Hoje eu resolvi escrever algo sobre mim. Sobre como me sinto neste momento.
Pode ser o post mais sem graça, menos lido, mas o lance aqui é desabafar...

Não me importo. Não se importe em ler. Não tem Importância o que direi. É apenas uma forma que encontrei de me sentir melhor sobre tudo. Sobre isso que está no meu coração agora.

Há algum tempo, minha cabeça está confusa. A memória está falha. A confiaça abalada. Já não me sinto a pessoa alegre e despreocupada de alguns meses atrás. Tudo me irrita, desde a colher suja largada na pia, ao fato de não conseguir lidar com meus sentimentos com o mesmo controle que tinha sobre eles.

Sinto tudo desmoronando. Não me sinto em casa, quando nela estou. Não me sinto confortável em lugar nenhum, como se faltasse algo... Como se talvez, algum lugar seguro me esperasse. Não consigo dar a devida atenção aos meus amigos, meu namorado, minha irmã... Entro em pequenos devaneios enquanto eles falam e quando percebo, nem lembro sobre o que estava devaneando.

Sonho acordada e deitada, não durmo. Apenas repouso.
Não repouso os pensamentos.. Estes correm alucinados pela minha cabeça. Mil em um minuto. Todos os dias, antes de cair no sono de exaustão, penso em coisas aleatórias sem um minuto de silêncio sequer. Há sempre uma música ao fundo... Não me sinto em silêncio há muuuito tempo. Parece que a cabeça vai explodir com tanta coisa.

Além de tudo, tem uma coisa em particular, me afinetando dia e noite. Essa merece um post separado! Mas, de alguma forma, sinto que não é resolvendo apenas essa questão que meus problemas serão resolvidos... Eles não estão ao meu redor. Estão dentro de mim.

terça-feira, fevereiro 8

Postagem by Nana

Essa eu tenho que divulgar!!

http://antitesecompernas.blogspot.com/2010/12/garotos-haha.html

Liindo! *-*
Arigatoo, imouto-chan!

Meu canteirinho

Agora o canteiro está dividido em dois...

De um lado, resolvi plantar outras coisas, para ir ‘afofando’ a terra. Além do mais, aquela parte onde não havia nada plantado estava acumulando água da chuva (a drenagem ainda é ruim) e o sol deixava a terra nua, ressecada. Plantei alguns coentros (trazidos do RJ) que, para minha surpresa, depois de horas de viagem, ainda vingaram!

Ganhei umas plantas, que foram mandadas direto do canteiro do meu tio (obrigada, tio!) e já as transplantei no meu canteirinho murcho na esperança de vê-lo mais verde e saudável. Até malva tem agora!

Quando as aulas voltarem, entrarei no meu último ano da faculdade... Tenho consciência de que estarei muito ocupada para voltar com a mesma freqüência dos outros anos para casa, já estou preocupada. Quem irá regar minhas plantinhas toda manhã? Quem vai protegê-las dos cachorros e do maldito gato do vizinho (que adora usar nosso quintal como banheiro!).

Depois de ver a vida brotar de dentro da terra daquele jeito, é muito difícil não se apegar, não querer protegê-la a qualquer custo. Não sei como farei quando as cebolinhas estiverem prontas para serem colhidas... (rs!)

Em 04/02/11
Breve Fotinha!!