quinta-feira, junho 30

A raiva nossa de cada dia.

" A raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram." William Shakespeare

Eu sei.
A raiva é, realmente, um sentimento repulsivo... Mas, como todos os outros, quase impossível de se conter. Ninguém simplesmente se proibe de sentir algo. Não é como uma palavra que evitamos usar ou como algo em que evitamos pensar. E quando ela surge... Uhm! É muito, muito difícil de conter.

      Já senti tanta raiva de alguém que, por um certo período, eu não reconhecia. Não me importava com o que quer que lhe acontecesse... Por pior que fosse. Não me orgulho nem um pouco dessa confissão, mas acredito que várias pessoas já passaram por esse minuto de insanidade - Já pensaram "que se exploda", por alguém. - E, nesse minuto, não eram senhores nem de seu corpo, nem de sua mente.

     Quando a ofensa é muito forte, fico fora de mim. Imagino várias maneiras de me vingar, fico imaginando respostas que daria a quem me fez mal, e até aquele momento do "pular-no-pescoço" está presente durante meus acessos. A voz me irrita, o sorrisinho cínico, o jeito de andar e falar, tudo que faz ou toca me enoja. Felizmente, eu me distraio tanto bolando uma vigancinha bem cabrera, que vai passando a  raiva e chega o momento em que meu opressor já não fede nem cheira.
     De certa forma, passo até a sentir pena dele, e por muitas vezes, volto para me reconciliar tão rápido com quem me irrita, que nem dá tempo da mágoa pegar. Não vale a pena ficar perdendo tempo pensando demais em quem não merece décimos do seu dia, quanto mais dias de sua atenção.

     Entretanto, por diversas vezes, fiquei tão magoada que as lágrimas de raiva rolavam, de sangue e dor, antes de tocar o chão. Mas esta, é uma outra história...

quarta-feira, junho 29

Presentes

"Os presentes dão-se pelo prazer de quem os oferece, não pelo mérito de quem os recebe." - Carlos Ruiz Zafon

      Peguei o livro entre as mãos e me dirigi ao quarto, para ler algumas páginas antes de cair no sono.
     Antes de ler, me detive no marca-páginas cor-de-rosa. Não é, nem de longe, minha cor favorita. Quem me conhece, mesmo que por pouco tempo, acharia no mínino estranho aquele objeto florido entre as páginas de algum livro meu. Ao mesmo tempo, iria notar que ele está em todas, desde que o ganhei.

A explicação é simples.

     Eu o ganhei de uma amiga, colega de faculdade, que foi com o marido para o exterior ao fim do nosso primeiro ano como colegas.
     O marca-páginas é, na realidade, um cartão com uma mensagem muito bonita. No verso, ela me deixou um recadinho. Pensei em transcrevê-lo aqui, mas fugiria do assunto da postagem, rs.

     Como eu sempre 'emendo um livro n'outro'... O marca-páginas está sempre comigo. A lembrança da minha amiga também. (fikadika! :D)

     Já que estamos falando de presentes, acredito que posso homenagear algumas pessoas que, ao me presentearem com um simples objeto garantiram, para sempre, sua lembrança frequente no meu cotidiano.
     Chaveiros (dezenas deles), meias de dedinhos, moranguinhos costurados por elas mesmas, livros que amei ler, fotos assinadas, CDs com suas músicas preferidas, ursinho de pelúcia, origamis caprichados, canetas usadas (que na vdd eu furtei), sabonetes (?), entre outras coisas... Todas elas eu guardei com tanto carinho, como se fosse um pedacinho da própria pessoa.

Quero aproveitar a oportunidade e agradecer, mais uma vez, pessoinhas...
Amo vcs do fundo do tumtum!!!
<3

Desencontros...

Hoje aconteceu uma coisa engraçada.



Eu havia combinado de encontrar um biólogo que se disponibilizou a me ajudar com meu TCC, no seu local de trabalho. Local esse que fica beeeem longe de onde eu moro e que eu não sabia como chegar.
Enfim, fui, me perdi, me achei e cheguei 15' atrasada para nosso encontro.
Ao chegar, um senhor me atendeu e foi procurar pelo meu contato. Voltou dizendo que ele havia ido para casa, pois pensou que eu não viria e lhe ligou, para que eu pudesse me justificar a ele pelo atraso.



Depois de tudo resolvido e o encontro remarcado, o senhor se ofereceu para me dar uma carona até o ponto de ônibus. Perguntou meu nome e o que eu procurava.
Eu lhe contei e, ao perguntar seu nome, descobri que ele era o diretor do local. O___O'
Pasmem vocês! Eu estava falando com o manda-chuva DIRETOR!!!

Durante a carona, ele se ofereceu para ler meu trabalho e fazer correções, se eu quisesse, pois entendia do assunto sobre o qual eu estava pesquisando.

...
Imagine se eu iria querer. Eu nunca me atreveria nem a perguntar se uma pessoa tão importante perderia tempo lendo as bobagens que escrevo, quanto menos pedir que corrigisse meu trabalho!
Sei que fiquei em êxtase!!! Aceitei com toda a honra que poderia colocar em palavras breves. Ele me passou seu contato e disse que lhe ligasse.

Chegamos onde eu ia ficar, apertei sua mão agradecendo muito e fui correndo para o ponto de ônibus (quase aos pulos, devo acrescentar). No final, a viagem não foi totalmente perdida... Pelo contrário, não poderia ter sido mais proveitosa, não acham?
:D


OBS: Ainda não consegui apagar o sorriso bobo do rosto.