domingo, janeiro 30

"Jardinando"

          Estou empenhada em um projeto desde o início deste ano... Ele foi inspirado pelo curso de Hidroponia que fiz no fim de 2010. Eu o apelidei de “Jardinando” (mania adquirida no PET), pois consistia em emparelhar alguns tijolos no quintal, formando um retângulo de 1,8 x 0,6 m aproximadamente, encher de terra e plantar nela alguns vegetais.

          Depois da parte pesada, que foi montar o ‘canteiro’, eu adubava a terra e molhava com freqüência, para deixá-la fértil, preparando-a para receber as sementinhas. Foram dias e dias... Pesquisei alguns cultivos e decidi por algo auto-sustentável; Comecei uma horta!

          Comprei sementes e terra vegetal. Em um cantinho, plantei sementes de cebolinha (pra começar). E esperei ansiosamente pela germinação... Levou cinco dias, mas eu observava desde o primeiro, buscando impacientemente algum sinal vindo da terra escura.

          Finalmente estava lá... Várias pontinhas verdes surgindo entre o adubo orgânico que eu, cuidadosamente, espalhei pelo canteiro. É uma sensação difícil de descrever. Acompanhar o progresso de novas vidas que iam surgindo naquele canteiro limpo, negro. Todos os dias que eu molhava e o olhava, a procura de uma novidade, era surpreendida pelo avanço de ‘meus rebentos’.

Retirado de: http://garciaon.tumblr.com/ - Breve fotos minhas, hehe!

          É totalmente novo. Eu nunca plantei nem feijão em algodão... rs!

          Para incentivar, meu pai me comprou um mini-rastelo (verde!ho-ho!). Suspeito que ele deva querer de volta a machadinha, a colher e as duas facas da cozinha que eu usei para abrir os buraquinhos para as sementes...


Em: 20 de janeiro de 2011

segunda-feira, janeiro 3

Mudança.

"Já morei em tanta casa, que nem me lembro mais... Eu moro com meus pais!"

Eu me mudo, em média, a cada cinco anos. Sou de outro estado e neste em que vivo, já conheço três cidades. Hoje moro onde estudo. Visito meus pais nos fins de semana.

Sendo assim, sei a dor de embrulhar copos e pratos, empacotar bens e encaixotar o conteúdo de nossos armários e guarda-roupas.

É muito doloroso.

Para algumas pessoas, a mudança de casa, é sinônimo de recomeço. Para mim, é abandono. Deixar tudo que construimos para trás. 'O copo está meio vazio, neste momento'.

Não tenho velhos amigos da rua. Não sei onde foram meus brinquedos e outras coisas de quando era criança, não sei o CEP da maioria das minhas casas, nem o nome dos vizinhos. Mas, sei arrumar malas e objetos em caixas com perfeição. Anos de prática.

Tudo que tenho dos lugares que morei, são fotos. Apenas isso.



Hoje, estou arrumando mais uma mudança. Não a minha, mas a de um pedaço de mim. Uma irmã minha vai embora para o Paraná, não sei quando nos veremos de novo, mas não sei como viverei sem ela por perto. Até agora, todos os momentos que passei sem ela, foram de saudade e dificuldades. Queria inventar algo que diminuisse distâncias... Ou pelo menos a dor.

Ainda não houve quem me conseguisse me convencer de que 'não há lugar como nosso lar'.